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Tecnologia garante eficiência à jornada de cuidado do paciente 

by vinicius

Primeiro dia do Healthcare Innovation Show (HIS) supera expectativa de público atraído por inovação em soluções para o setor da saúde

IA e Cibersegurança pautam do evento que começou ontem no São Paulo Expo. Evento reúne profissionais de saúde, gestores, executivos de alto escalão e acadêmicos que são referências no setor para abordar as inovações para a saúde

Teve início ontem (18.09) a 10ª edição do Healthcare Innovation Show (HIS), principal evento de tecnologia e inovação na saúde da América Latina, no São Paulo Expo. Tecnologia e o uso de Inteligência Artificial dominaram as temáticas debatidas no primeiro dia do evento. 

Organizado pela Informa Markets, o evento deve superar a expectativa de 3 mil profissionais presentes. O HIS segue até hoje, 19, no São Paulo Expo, na capital paulista, com intensa programação de conteúdo, networking e inovações em soluções tecnológicas de mais de 100 marcas fornecedoras para a área de saúde.

Cibersegurança e o desafio da segurança na saúde

Como as instituições de saúde podem se proteger de ataques cibernéticos? Essa foi uma das pautas de destaque no primeiro dia do Healthcare Innovation Show (HIS). A Saúde é considerada um setor vulnerável a ataques cibernéticos, com riscos de interrupções de serviços, o comprometimento de tratamentos médicos, além de vazamentos de dados sensíveis, como informações dos pacientes.

Os desafios para garantir a eficiência na área da cibersegurança passam por conhecimento, recursos e sobretudo, prevenção. O gerente de Segurança da Informação do Hospital Sírio-Libanês, Leandro Ribeiro, relembrou que a pandemia acelerou a adoção de tecnologias emergentes nos hospitais, como a IA e o 5G, o que elevou os riscos de ataques cibernéticos. Ele salientou que garantir a eficiência na área da cibersegurança passa por conhecimento (identificação de ameaças), recursos para a proteção e, sobretudo, a prevenção. 

O diretor de Segurança da Informação, Privacidade e Continuidade dos Negócios da Dasa, Alexandre Domingos de Sousa, destacou que um dos principais pontos de atenção é garantir a disponibilidade dos sistemas tecnológicos que sustentam os processos críticos nos hospitais. 

“Na saúde, a prioridade é proteger os processos que impactam diretamente a operação e a vida das pessoas”, afirmou. Segundo ele, é essencial identificar os principais ativos e implementar controles de segurança que garantam a resiliência tecnológica. “Uma visão estratégica de priorização é indispensável, pois quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo, acaba não fazendo nada”, comentou Sousa.

Um dos pontos mais sensíveis no quesito segurança, segundo Alexandre, é a gestão de identidades, que apresenta desafios únicos no setor da saúde. “A gestão de identidade na saúde é diferente de setores como o financeiro e o de telecomunicações. Há diversas formas de exploração e vazamento de credenciais”, disse. Ele reforça que a inovação neste campo exige um olhar diferenciado. “O grande desafio para o setor é desenvolver soluções aplicadas na privacidade e rastreabilidade de cada acesso das credenciais de identificação de todos os profissionais”, afirmou. 

IA no diagnóstico de doenças cardiovasculares e na UTI neonatal

A adoção de Inteligência Artificial (IA) para automatizar processos e diminuir o tempo de diagnóstico de ataques cardíacos foi tema do CMO (Chief Marketing Officer) da Dasa, Leonardo Vedolin. Segundo ele, a primeira escolha estratégica no processo de desenvolvimento da ferramenta de IA foi encontrar e definir a ferramenta certa para cada doença. “No nosso caso, escolhemos a doença cardiovascular, porque é a que mais mata no mundo e também a que gera os maiores custos para o setor da saúde. Hoje, aproximadamente, US$ 600 bilhões são gastos no mapeamento e manejo dessa doença e a previsão é chegar a US$ 2 trilhões em 2050, o equivalente ao PIB do Brasil”.

Vedolin contou que, para encontrar a melhor solução, a Dasa utilizou a filosofia da colaboração. Um dos parceiros estratégicos foi a startup NEO, que já tinha uma solução para a leitura de exames de eletrocardiogramas. Juntos, as duas empresas aprimoraram a solução e hoje a ferramenta faz a leitura dos 400 milhões de exames que a Dasa faz por ano, identificando mais de 50 doenças cardiovasculares e incorporando os resultados à jornada de cuidado do paciente. “Hoje, mais de 10 mil pessoas tiveram identificados riscos de doença cardiovascular. A IA nos permitiu reduzir o tempo entre o diagnóstico e a intervenção médica de fato”, revelou.

Outra inovação neste sentido é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa que está passando por uma transformação significativa com a integração de tecnologias digitais para a identificação precoce de riscos de sequelas neurológicas em recém-nascidos. Segundo o Dr. Gabriel Variane, diretor médico do programa da UTI Neonatal Neurológica da Santa Casa de São Paulo, essa mudança tem impactos profundos, tanto na qualidade do cuidado quanto na economia da saúde.

“Utilizando tecnologias avançadas, como o monitoramento contínuo da atividade elétrica e da oxigenação cerebral, além de outros sinais vitais, com a inteligência artificial, conseguimos obter uma visão detalhada e em tempo real do estado clínico e neurológico dos pacientes”, explicou Dr. Variane. Ele acrescenta que essas inovações são essenciais e estão alinhadas com o conceito de Medicina de Precisão. “Nosso objetivo é personalizar o tratamento conforme as características individuais de cada paciente, o que resulta em intervenções mais eficazes e direcionadas”.

IA aplicada à gestão do Hopsital Albert Einstein

Em um painel que reuniu a vice-presidente de Soluções & Consultoria de Vendas Latam da Oracle, Renata Pessoa, o diretor sênior de Conhecimento de Aplicações Multi-Indústria para América Latina da Oracle, Rodrigo Gosling, e o CDTO do Hospital Albert Einstein, Igohr Schultz, discutiu-se como a IA pode auxiliar na modernização dos sistemas de saúde.

Além de figurar entre os 30 melhores hospitais do mundo, o Hospital Albert Einstein também se destaca por investir continuamente na digitalização de processos e no desenvolvimento de uma arquitetura de dados que garante assertividade, segurança e agilidade na jornada de cuidado do paciente e na tomada de decisões para aumentar a eficiência de processos operacionais e financeiros.

Segundo Renata, 72% das organizações já adotaram IA generativa em pelo menos uma função dos negócios. “Essa realidade é a mesma para o setor da saúde. A demanda que recebemos é por modelos públicos seguros, com muita inteligência embarcada”, afirmou. 

A executiva retornou recentemente do Oracle CloudWorld Vegas 2024, evento global da empresa que identifica as principais tendências do mercado de tecnologia e apresenta inovações. “Três grandes novidades foram destacadas no evento: OCI Dedicated Region 25, que permite que hospitais e instituições armazenem e processem dados sensíveis localmente, atendendo aos requisitos de conformidade do setor; o Zero Trust Packet Routing, que aprimora a segurança de dados; e os anúncios de parcerias Multi-cloud. Depois das parcerias com a Microsoft e o Google, anunciamos a colaboração com a Amazon. Estamos entregando um mundo mais aberto e interconectado.”

Colega de Renata na Oracle, Gosling, que se declarou fã do HIS, mencionou que neste ano várias empresas estão apresentando inovações que integram a sustentabilidade no setor de saúde com tecnologia.

Como mediador do painel, ele questionou o Chief Digital Transformation Officer do Hospital Albert Einstein, Igohr Schultz, sobre como essa relação se materializa na instituição. “A sustentabilidade passa pela tecnologia. É ela que nos permite evoluir. O hospital adotou a tecnologia como um de seus pilares, sendo um dos primeiros a implementar o prontuário eletrônico, por exemplo. Temos uma arquitetura de dados muito bem elaborada e de alta qualidade. Um fator crítico para a qualidade dessa arquitetura é a precisão dos dados, ou seja, a eficiência com que os dados são inseridos no sistema. No nosso sistema, o médico recebe, em poucos minutos, um sumário do histórico médico do paciente”, explicou.

Schultz também destacou que a tecnologia em cloud é essencial para a evolução do sistema. “Um ponto muito importante no desenvolvimento de uma arquitetura de dados é garantir que esses dados estejam hospedados no país”, ressaltou.

Sobre a questão da interoperabilidade de sistemas no Brasil, Schultz afirmou que o tema é complexo. “Os Estados Unidos estão mais avançados, o setor é mais regulamentado. No Brasil, temos integração entre sistemas, mas não sistemas interoperáveis. A interoperabilidade depende da tecnologia para essa integração. Colocar isso em prática no país ainda é um desafio.”

Doenças Crônicas

A crescente incidência de doenças crônicas tem pressionado as instituições de saúde a adotarem soluções tecnológicas para monitorar e prevenir complicações, além de promover melhor qualidade de vida aos pacientes. Porém, a captação e, principalmente, o engajamento dos pacientes são obstáculos. 

No Healthcare Innovation Show (HIS), a temática foi debatida no painel “Gestão de doenças crônicas a partir de plataformas inteligentes: o papel moderno do médico na prevenção e educação do paciente”, com a participação da gerente sênior de Saúde Populacional do Hospital Sírio-Libanês, Daiane Dias, o vice-presidente de Operações da Hapvida, Francisco Souto, a CEO da Serena e Presidente do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, Silvia Lagrotta, e a head da Amparo Saúde, Silvia Vilas Boas.

Souto explicou que o sistema verticalizado da Hapvida permite, por meio do prontuário eletrônico, identificar pacientes com exames alterados que possam necessitar de programas de gestão de doenças crônicas. Portanto, o desafio maior está no engajamento dos pacientes, e não na captação.

Já para Silvia, da Amparo Saúde, uma das principais dificuldades é a captação de pacientes. “Na Amparo Saúde, contamos com uma equipe dedicada a essa tarefa, que realiza o primeiro contato por e-mail, whatsApp, telefone”, explicou. Após essa etapa inicial, os pacientes são inseridos na chamada Jornada de Ativação, que inclui a avaliação do grau de risco e a elaboração de um plano de cuidados para os 365 dias do ano. “Temos um time de saúde que acompanha de perto todo esse processo, e 85% dos pacientes permanecem na linha de cuidado após a captação”, destacou Silvia.

A CEO da Serena, pontua dois pontos cruciais para o engajamento dos pacientes. “O primeiro é a corresponsabilidade no tratamento, e o segundo é o letramento do paciente. Mais do que apenas falar sobre prevenção, é necessário um processo claro de aprendizado, no qual o paciente compreenda como reconstruir sua saúde, tratando as causas da doença”, disse. 

Engajamento com o paciente

Isadora Kimura, fundadora da Nilo, plataforma inteligente que potencializa a captação, engajamento e navegação de pacientes, destacou no HIS a solução de Navegação Oncológica oferecida pela empresa. 

“A incidência de câncer tem aumentado no mundo, com pacientes cada vez mais jovens. No Brasil, o INCA estima cerca de 704 mil novos casos por ano até 2025, o que significa que 1 a cada 330 brasileiros estarão nesse grupo”, disse Isadora. Ela ressaltou o desafio de garantir acesso a uma saúde de qualidade em meio ao aumento dos custos e à sobrecarga do sistema.

A plataforma melhora os processos de captação, o engajamento e a comunicação com os pacientes, além de digitalizar e automatizar tarefas antes manuais. Isadora cita como exemplo o Hospital da Baleia, referência do SUS em Belo Horizonte, onde, em 90 dias, “72% dos pacientes aceitaram o acompanhamento, 99% iniciaram o engajamento no plano terapêutico e 84% da meta de produtividade foi alcançada pela equipe”, afirmou.

Serviço:

HIS – Healthcare Innovation Show – 10ª Edição

Data: 18 a 19 de setembro de 2024.

Local: São Paulo Expo.

Horário: 9 às 18h.

CREDENCIAMENTO IMPRENSA: CLIQUE AQUI

Mais informações: Clique Aqui

Sobre o HIS – Healthcare Innovation Show 

O HIS – Healthcare Innovation Show é o principal evento de tecnologia e inovação na saúde da América Latina. Desde 2014, o encontro proporciona todos os anos uma verdadeira imersão focada em inovação, tecnologia, empreendedorismo e negócios para o setor de saúde. O evento conta com seis palcos para a apresentação de painéis de debate, cases de sucesso e a demonstração de soluções. Nesses palcos,  renomados profissionais de saúde, gestores, executivos de alto escalão e acadêmicos que são referência no setor se revezam para abordar as novidades e as tendências do setor.  Paralelamente, uma feira de negócios apresenta o que há de mais moderno neste segmento, sendo um espaço ideal para a geração de negócios e ampliação do networking.

Sobre a Informa Markets  

A Informa Markets conecta pessoas e mercados por meio de soluções digitais, conteúdo especializado, feiras de negócios, eventos híbridos e inteligência de mercado, construindo uma jornada de relacionamento e negócios entre empresas e mercados 365 dias por ano. Presente em mais de 30 países, atua na América Latina há 27 anos, com escritórios no Brasil e no México, entregando anualmente mais de 30 eventos híbridos, 70 eventos digitais, portais de notícia e plataformas digitais de conexão e negócios.

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Coletivo da Comunicação – Assessoria de Imprensa do HIS 2024

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