Home Medicina Diagnóstica Doenças respiratórias infantis: o que não fazer quando a criança estiver doente?

Doenças respiratórias infantis: o que não fazer quando a criança estiver doente?

by rafaelteoc

Especialista recomenda fazer lavagem nasal para eliminação do catarro, o principal vilão das complicações dos casos virais

Gripe. Resfriado. Pneumonia. Essas são algumas das doenças respiratórias mais comuns que uma criança pode se infectar e apresentar, principalmente com a chegada do inverno. O tempo mais seco dessa estação favorece a circulação de vírus pelo ar e com os espaços mais fechados por conta do frio, o potencial de propagação ainda é maior. Mas o que não fazer quando seu pequeno apresentar quadros infecciosos como esses e assim, evitar complicações?

De acordo com a médica otorrinolaringologista Sofia Borges, ao apresentar sintomas de gripe, por exemplo, os pais não devem levar prontamente a criança ao hospital, já que é incomum a doença se complicar. “A verdade é que a grande maioria das gripes, mais de 90% delas vão se curar com, sem ou independente de médico e de medicação”, comenta. Ainda segundo a especialista, a avaliação médica é necessária caso a criança apresente os seguintes sintomas de alerta:

• Sintomas persistentes após 10 dias sem nenhuma melhora

• Febre que reaparece após alguns dias sem febre

• Criança que recusa líquidos e com redução de urina

• Criança muito prostrada sem estar com febre

• Criança cansada para respirar, com falta de ar, marcando as costelas durante a respiração, com respiração rápida ou com dor no abdômen.
• Criança com lábios e/ou pele azulada, ou pálida demais

Também é recomendada a ingestão de água, pois uma criança bem hidratada apresenta menos episódios de febre e a hidratação permite a fluidificação do catarro. Além disso, a lavagem nasal é uma importante aliada para a eliminação dessa secreção. “O catarro acumulado no nariz é o principal vilão para que essa gripe ou resfriado possa se complicar em uma sinusite ou otite bacterianas, por isso, não economize na lavagem”, recomenda.

Nebulização x Lavagem nasal

Muitas vezes, os pais ao verem seus filhos congestionados, com muita tosse, acabam vendona nebulização uma solução para o problema. No entanto, a nebulização tem como principal objetivo levar substâncias (medicamentosas) ao pulmão de maneira mais fácil. Quando feita somente com soro, somente hidrata as vias aéreas e pode atrapalhar no processo de eliminação do catarro pelo nariz.

“Uma hidratação nasal, com aquele soro nebulizando quentinho, vai fazer esse catarro ficar mais mole, porém, não vai fazer a criança liberar o catarro do nariz porque a criança geralmente não tem força para assoar. Com isso, o catarro que ficou mais mole vai começar a gotejar mais no fundo da garganta e pode piorar a tosse do seu filho”, alerta a otorrinolaringologista.

Para ela, a nebulização pode auxiliar desde que esteja associada à lavagem nasal, mas, complementa dizendo que, caso a criança ainda não tenha esse nível de cooperação, deve-se optar pela lavagem somente.

“Sabemos o quanto é complicado lavar o nariz das crianças. Por isso, indico o uso de dispositivos lúdicos e coloridos, que podem ajudar a facilitar o processo de forma eficaz, entrando no universo da criança, tornando o momento menos desconfortável. Outro cuidado importante é a segurança. Jamais devemos usar seringas e outros apetrechos improvisados nas lavagens nasais, principalmente que possuem borracha em seu interior. Temos que usar dispositivos feitos para esse fim, alerta”.

De acordo com Borges, o catarro acumulado é o que pode piorar os casos dos quadros virais, por isso, ela conta que durante o tempo que houver essa secreção nasal, a lavagem nasal não tem quantidade máxima de vezes. “A proteção natural do nosso nariz é um muco fluido e transparente e é imperceptível durante a lavagem. Por isso, enquanto você estiver lavando e saindo catarro, você pode continuar a lavar. Catarro não é proteção natural”.

E quando o assunto é cuidado com as doenças respiratórias nas crianças, a médica alertaainda para a necessidade de se usar espaçadores próprios para inalação, quando for utilizada medicação na forma de bombinhas.

“Adultos podem fazer sem o espaçador, mas as crianças não podem receber um jato forte diretamente na boca. Sempre que o médico recomendar o uso do espaçador, tem que usar mesmo como uma importante forma de proteção. E assim como os higienizadores nasais, hoje também já existem marcas de espaçadores lúdicas, com cores e embalagens de heróis, desenhos animados. As crianças se identificam muito mais com essas linhas e sempre recomendamos”, diz.

Sobre a AGPMED – Nascida no Rio de Janeiro há 27 anos, a AGPMED se especializou em fornecer produtos para saúde infantil a empresas da indústria farmacêutica, consultórios médicos e grandes grupos hospitalares. Tornou-se líder de mercado B2B no segmento de abaixadores de língua especiais e espaçadores para inalação no Brasil e exporta para mais de 10 países, como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Seus produtos são aprovados pela Anvisa, no Brasil, e pelo FDA, nos Estados Unidos.

You may also like

Leave a Comment