A empresa americana Medtronic, líder em tecnologia na saúde, registrou aumento de 12% de profissionais que se autodeclararam LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Pôli), neste último ano.
Não categorizado
A aterosclerose, principal causa de morte no mundo, é uma doença prevenível
Você está cuidando da sua saúde? Cardiologista da FSFX destaca a importância da prevenção, os riscos do consumo de alguns alimentos e os cuidados necessários
Dia mundial sem tabaco: descubra como o cigarro prejudica o coração, circulação e pele
Em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco, uma forma de chamar a atenção para um hábito muito agressivo à saúde. O tabagismo é uma das principais causas de morte evitáveis no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano. Destas, mais de 7 milhões são resultantes do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são devido à exposição ao fumo passivo.
Fora isso, grande parte dos problemas ocasionados pelo tabaco está atrelada às doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco, problemas de má circulação ocasionando acidente vascular cerebral (AVC), câncer de pele, entre outros.
“Por elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca, o cigarro está entre os principais fatores que causam as doenças cardiovasculares, já que suas substâncias tóxicas agridem o endotélio – parede de células que recobre os vasos sanguíneos. Ao danificar essa estrutura, aumenta o risco de causar infarto ou AVC”, explica o cardiologista intervencionista do Instituto do Coração de Taguatinga – ICTCor, Ernesto Osterne.
Outro dano acontece no mecanismo de contração e relaxamento do coração. Os efeitos do fumo geram maior dificuldade no bombear, comprometendo a circulação do sangue pelo corpo. Um único cigarro é capaz de contrair todos os vasos sanguíneos. O fumo também acelera um processo conhecido como oxidação do colesterol, favorecendo a formação da placa de aterosclerose, que é o estopim para o infarto.
Riscos à circulação sanguínea
Segundo o médico angiologista e cirurgião vascular Rodolpho Reis, o tabagismo causa uma série de problemas na circulação do corpo, sendo um fator de risco significativo para o desenvolvimento de trombose, placas nas artérias e até piorar as varizes. As substâncias químicas presentes no cigarro, como o monóxido de carbono e os radicais livres, causam danos ao endotélio, o revestimento interno dos vasos sanguíneos. Esse dano promove a formação de placas e a aderência de plaquetas, facilitando a formação de coágulos. Além disso, o tabagismo aumenta a reatividade das plaquetas, tornando-as mais propensas a se agregarem, o que eleva o risco de trombose.
O fumo também altera o equilíbrio dos fatores de coagulação no sangue, aumentando a concentração de fibrinogênio e outros fatores, tornando o sangue mais “pegajoso”. O monóxido de carbono presente no cigarro reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, levando a uma baixa oxigenação que pode danificar os tecidos e aumentar o risco de formação de coágulos. Essa substância provoca uma resposta inflamatória no corpo, e a inflamação crônica pode danificar os vasos sanguíneos, contribuindo para a formação de trombos.
“É interessante entender que, além dos efeitos sobre a trombose, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de varizes e outras doenças venosas devido aos seus efeitos negativos na circulação sanguínea. O fumo causa disfunção endotelial, prejudicando a produção de óxido nítrico, que ajuda a relaxar os vasos sanguíneos e prevenir a agregação plaquetária. Com essa disfunção, os vasos ficam mais propensos à formação de coágulos e ao desenvolvimento de varizes, pois a circulação inadequada do sangue nas veias das pernas pode levar ao acúmulo de sangue e à dilatação dessas veias”, explica o angiologista.
Efeitos do tabagismo na pele
Para a dermatologista Paula Luz Stocco, entre os diversos agravantes, o fumo contribui ainda para que a pele envelheça em pouco tempo, causando diversas outras alterações e problemas, principalmente no rosto, que apresenta uma camada mais fina que as demais áreas. O cigarro pode causar rugas, manchas, opacidade e até mesmo alteração de cor. Além disso, deixa o rosto do fumante mais propício a apresentar flacidez, porque a nicotina destrói e atrapalha diretamente a produção de colágeno e elastina.
“As feições podem apresentar marcas de expressões como se fossem vincos, linhas nos cantos dos olhos e ao redor dos lábios, ossos ressaltados, lábios arroxeados e bochechas aprofundadas, entre outros efeitos causados pela repetição do movimento de tragar que, com o tempo, reduz a elasticidade e a força da região”, alerta a dermatologista.
Fora isso, o hábito também é um dos principais causadores de queda de cabelo, já que os fios caem porque a nicotina se aloja nas paredes das veias, diminuindo a circulação do sangue e impedindo que nutrientes importantes que mantêm os cabelos saudáveis e bonitos cheguem até a raiz. O problema pode ser intenso, com queda acentuada de fios e até sinais de calvície.
Fumante passivo
Quem convive com um fumante também corre o risco de ter doenças atreladas ao tabaco, pois, segundo diversos estudos, conviver com quem fuma pode aumentar em até duas vezes o risco de câncer.
Para quem deseja parar de fumar, existem vários tratamentos eficazes para ajudar. A Terapia de Reposição de Nicotina (TRN) usa adesivos, gomas, pastilhas, inaladores e sprays nasais para reduzir os sintomas de abstinência. Medicamentos como bupropiona e vareniclina ajudam a diminuir os desejos e os efeitos da abstinência.
A terapia comportamental com conselheiros ou terapeutas identifica e lida com os gatilhos para fumar. Programas de suporte, grupos de apoio, linhas telefônicas e aplicativos oferecem encorajamento e estratégias práticas.
Terapias alternativas, como terapia bioenergética, acupuntura e hipnose, também podem ser úteis. Adotar hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e exercício regular, ajuda a controlar os desejos e melhora o bem-estar. Combinar essas abordagens aumenta as chances de sucesso, e consultar um profissional de saúde é fundamental para escolher a melhor estratégia.
Reumatologista explica como proceder e quais os cuidados que a mulher com Lúpus deve ter ao engravidar ou ao desejar ter um filho biologicamente
No mês da conscientização sobre a prevenção e os cuidados da LES – Lúpus Eritematoso Sistêmico, doença inflamatória autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro acomete 5 milhões de pessoas em todo mundo, sendo que 90% são mulheres em idade entre 24 e 45 anos, ou seja, no período fértil.
Com tantas mulheres que possuem Lúpus em idade fértil, a gravidez é uma preocupação comum entre elas e seus parceiros. A doença em si geralmente não afeta a fertilidade, permitindo que a maioria engravide. Contudo, algumas medicações que fazem parte do tratamento podem reduzir a chance de engravidar ou até mesmo induzir à menopausa precoce. E, por isso, é importante discutir os planos de gravidez com o médico.
Segundo a reumatologista, Fernanda Lopes, da clínica EVCITI do grupo CITA (Centros Integrados de Terapias Assistidas), o primeiro passo essencial é o planejamento da concepção, que envolve uma decisão conjunta com o médico sobre o momento ideal para engravidar. “Essa determinação depende do estado geral de saúde, como está o controle do Lúpus e quais os medicamentos que a mulher está fazendo uso. Idealmente, o melhor momento para engravidar é quando o Lúpus está em um estado de remissão (ou seja, adormecido ou inativo) por pelo menos seis meses”, explica a reumatologista.
A gestação em pacientes com Lúpus é considerada de alto risco, porque existe maior chance de apresentar algumas complicações, como abortamentos, baixo peso e parto prematuro. Para que os riscos sejam reduzidos, deve ser feito um acompanhamento rigoroso, tanto com o reumatologista como com o obstetra especialista em gestação de alto risco. Deste modo, é possível ter uma gestação sem complicações, desde que haja planejamento – com orientação médica e adoção de certos cuidados. E, claro adotar hábitos saudáveis como evitar o consumo de bebidas alcoólicas, interromper o uso de cigarros, usar proteção solar e praticar exercícios físicos, quando não existir contraindicação.
Para manter uma gestação tranquila, a reumatologista alerta para alguns sinais que se deve prestar atenção e procurar uma avalição médica imediatamente; aumento nos sintomas típicos do Lúpus como dor nas articulações, erupções cutâneas, presença de sangue ou espuma na urina, aumento de pressão arterial e redução dos movimentos fetais.
É importante também ficar muito atento ao bebê e alguns riscos específicos como parto prematuro, restrição de crescimento fetal e baixo peso ao nascer. Para minimizar esses riscos, é fundamental seguir as orientações médicas, realizar todos os exames pré-natais recomendados e manter um acompanhamento médico próximo e envolver ajustes na medicação da mãe.
Existe também uma condição rara chamada lúpus neonatal e estima-se que afete cerca de 2% dos filhos de gestantes com o Lúpus que tem o autoanticorpo positivo, “acontece em alguns bebês de mães com lúpus que tem anticorpos anti-Ro positivos que passam da mãe para o feto através da placenta. Os sintomas mais frequentes são manchas temporárias na pele do bebê, que geralmente somem com 6 meses, enquanto sintomas mais raros (porém mais graves) incluem arritmias cardíacas”, explica dra. Fernanda Lopes. “mas, com o tratamento adequado, muitas complicações podem ser evitadas e algumas alterações cardíacas no bebê, por exemplo, podem ser tratadas antes mesmo do nascimento, aumentando a qualidade de vida da criança após o nascimento”, diz a reumatologista.
Dra Fernanda Lopes é reumatologista da Clínica EVCITI pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil. Possui residência médica pela Universidade de São Paulo (USP-SP) e é preceptora da Residência de Reumatologia do mesmo serviço.
De baixa prevalência, o câncer renal representa 2% de todos os tipos de tumores malignos e é considerado o tipo urológico mais letal. Ainda que não tenha dados estatísticos, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que em 2023, no Brasil, houve mais de seis mil novos casos.[1] De acordo com oncologista clínico do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein e do Centro Paulista de Oncologia-Oncoclínicas, Andrey Soares, alguns fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso e/ou obesidade e hipertensão podem aumentar o risco de desenvolver o câncer renal. “O estilo de vida é fundamental para reduzir o risco de desenvolver diversas doenças, inclusive o câncer renal. Não fumar e buscar manter um peso adequado são fundamentais para evitar o aparecimento de tumores, como do renal”, explica ele o especialista.
De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, somente o tabagismo aumenta de duas a três vezes o risco. Isso porque as toxinas do cigarro sobrecarregam os rins, que são responsáveis pelo sistema de filtragem do sangue.[2] Entre 15% e 25% das pessoas acometidas pelo câncer renal são fumantes ativos.[3] Entretanto, ele esclarece que nos últimos anos, a ciência tem evoluído consideravelmente com terapias efetivas. “Desde de 2018, a combinação de duas terapias – a imunoterapia associada à terapia antiangiogênica – obteve excelentes resultados no tratamento do câncer renal, fazendo com que os pacientes vivam mais, ficam mais tempo com a doença controlada, maior chance de remissão da doença e melhoria na qualidade de vida”, avalia Soares.
Mais comum em adultos acima dos 50 anos, o câncer renal é mais prevalente em homens do que em mulheres, e se manifesta de forma silenciosa no organismo, já que normalmente não desencadeia sintomas específicos.[4] Mas, quando há, as manifestações mais comuns são: dor abdominal, por conta do crescimento do tumor, perda de peso, sangramento urinário, hipertensão, cansaço constante e tosse persistente.[5] O diagnóstico comumente é feito por meio de exames de imagem do abdome, como ultrassonografia ou tomografia.
Referências
[1] A.C.Camargo Cancer Center. A.C.Camargo Cancer Center apoia dia mundial do câncer de rim. Disponível em: link.
[2] Instituto Vencer o Câncer. Câncer de rim: fatores de risco. Disponível em: link
[3] Instituto Oncoguia. Câncer renal: conheça os riscos de uma doença silenciosa. Disponível em: link
[4] Hospital Sírio-Libanês. Câncer de rim: saiba mais. Disponível em: link
[5] IKCC Factsheet Version 2.0: May 2023. Disponível em: link
Diagnóstico precoce é imprescindível para aumentar as chances de sobrevivência
Dia 8 de maio, no Dia Mundial do Câncer de Ovário, é uma oportunidade para refletir sobre os avanços e desafios enfrentados no combate a essa doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. O câncer de ovário é conhecido por ser uma das formas mais letais de câncer ginecológico, muitas vezes diagnosticado em estágios avançados devido à falta de sintomas específicos nos estágios iniciais.
De acordo com o médico Dr. Vital Fernandes Araújo, os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dor abdominal persistente, inchaço abdominal, mudanças no padrão urinário, fadiga persistente, perda de peso inexplicável e dor durante a relação sexual. “O diagnóstico precoce é imprescindível para melhorar as taxas de sobrevivência e qualidade de vida das pacientes, mas é desafiador devido à falta de testes de triagem eficazes”, afirma Araújo.
Vital destaca que no campo da pesquisa, há uma busca constante por novas estratégias de detecção precoce e tratamento mais eficazes. “Testes genéticos, como o teste BRCA, desempenham um papel importante na identificação de mulheres com maior risco de desenvolver câncer de ovário. Além disso, terapias direcionadas, como inibidores de PARP, estão oferecendo novas esperanças para pacientes com câncer de ovário recorrente ou resistente ao tratamento convencional”, acrescenta.
O médico explica que o tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. “A cirurgia é frequentemente o primeiro passo e pode envolver a remoção do útero, ovários, trompas de falópio e tecido circundante afetado”, pondera.
Ele ainda esclarece que mulheres mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou mutações genéticas hereditárias, como as mutações BRCA1 e BRCA2, podem se beneficiar da consulta com um geneticista e considerar opções de prevenção, como a remoção preventiva dos ovários e trompas de falópio. “Estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada e exercícios regulares, também pode reduzir o risco de desenvolver câncer de ovário”, finaliza.
Neste Dia Mundial do Câncer de Ovário, é uma oportunidade para homenagear as mulheres que enfrentam essa doença com coragem e determinação. É também um lembrete para promover a conscientização, apoiar a pesquisa e promover a esperança para todas as mulheres afetadas por essa doença.
Sobre Dr. Vital Fernandes Araújo
O Dr. Vital Fernandes Araújo é Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-graduado em Medicina Ortomolecular e pós-graduado em Psiquiatria. O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.
O SUS acaba de aprovar o TAVI e vai beneficiar especialmente os idosos com mais de 75 anos, totalizando mais de 1,5 milhão de brasileiros.
Dados demográficos mostram que, assim como muitos países do mundo, a população brasileira está “envelhecendo”, com o aumento do número de idosos e diminuição da proporção de jovens. Esse novo perfil populacional impacta nas políticas de saúde pública, já que muitas doenças antes despercebidas passam a se tornar mais comuns. Uma delas é a estenose aórtica, decorrente da degeneração e calcificação da válvula aórtica, dificultando a saída do sangue do coração para a aorta, prejudicando a circulação sangue e acute, nea.
Seus sintomas são principalmente cansaço, desmaios, pressão ou dor no peito e arritmia cardíaca, podendo também se manifestar com morte súbita, infelizmente. Uma acentuada perda da qualidade de vida do paciente é comum, pela evolução de um quadro permanente de cansaço, fadiga e falta de ar. Mas seu impacto vai muito além. Entre os idosos acima dos 75 anos de idade – cerca de 1,5 milhão de brasileiros – a estenose aórtica atinge em torno de 5% no mundo, sendo uma doença que além de debilitar o paciente, sobrecarrega sua família e o sistema público de saúde. O idoso deixa de trabalhar, de se exercitar, de conviver socialmente e se torna dependente, com todas as implicações decorrentes disso.
Atualmente os casos estenose aórtica grave sintomática são tratados com cirurgias convencionais, ou seja, aquelas chamadas de peito aberto, com longos prazos de internação, convalescência e de recuperação. Mas por ser uma doença que atinge em sua grande maioria idosa, estima-se que até um terço deles não podem ser operados por conta do grande risco de complicações e de mortalidade e, assim, sofrem com deterioração de sua vida, sofrendo com os sintomas limitantes.
É nesse contexto que o Diário Oficial divulgou hoje, 11 de abril de 2024, a Portaria GM/MS Nº 3.414, disponibilizando a técnica percutânea minimamente invasiva para o tratamento da estenose aórtica: o Implante Percutâneo de Bioprótese Valvar Aórtica, mais conhecido como TAVI (do inglês Transcateter Aortic Valve Implantation) no Sistema Único de Saúde (SUS).
Trata-se de um fato histórico que busca recuperar a fronteira da inovação e iniciar um novo ciclo no tratamento da alta complexidade cardiológica no Brasil. Esse procedimento foi realizado pela primeira vez em 2002, na França, e permite a substituição da válvula nativa por meio de um procedimento via cateter, que é introduzido por um acesso vascular arterial geralmente na virilha do paciente, à semelhança de uma angioplastia com implante de stent coronário. Característica que o torna rápido e mais seguro para idosos, com impacto social para a família e potencialmente para o sistema público de saúde.
Apesar de já estar liberada no Brasil a uma década e meia, a técnica somente estava disponível na rede privada de saúde. Ao longo período desde sua liberação, a cardiologia brasileira realizou um importante trabalho de especialização e de capacitação para a TAVI, liderado pela SBHCI – Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – através da realização de debates, simpósios, treinamentos e cursos.
Envelhecimento cerebral: Novo estudo analisa como é possível retardá-lo
A neuroplasticidade e o estilo de vida são fatores chaves para retardar o envelhecimento cerebral, afirma a cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento, Dra. Elodia Ávila
À medida que envelhecemos, é comum ocorrer uma diminuição na densidade de células cerebrais e na comunicação entre neurônios, um processo conhecido como envelhecimento cerebral. Ele é um processo natural que pode afetar diversas funções cognitivas, como memória, atenção e velocidade de processamento.
O estudo recente “Como retardar o envelhecimento cerebral: Uma análise neurocientífica”, publicado na revista científica Vitalia pela Médica especialista em cirurgia plástica, Dra. Elodia Ávila, em parceria com a sua filha, a estudante de medicina pela Faculdade Anhembi Morumbi e membro do CPAH – Centro de Pesquisas e Análise Heráclito, Rafaela Ávila e o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, analisa os fatores que causam o envelhecimento cerebral e como retardá-lo.
“O rejuvenescimento cerebral pode ser atingido através de um misto de fatores, comportando – se como um combo de diversas áreas da vida que precisam estar em união a fim de um único propósito. É necessário equilibrar a alimentação diária, bem como a rotina com atividades saudáveis, uma boa qualidade de sono, além de exercitar o cérebro através da neuroplasticidade e do aprendizado, não deixando de lado os cuidados básicos com a saúde e permanecendo útil e ativo na sociedade e no trabalho”, afirma no artigo.
Os principais fatores que causam o envelhecimento cerebral
De acordo com a Dra. Elodia Ávila, diversos fatores podem contribuir para o envelhecimento cerebral e cuidar deles pode ajudar a atrasar esse processo e estimular o bom funcionamento do cérebro.
“A genética, estilo de vida e condições de saúde contribuem para acelerar o envelhecimento cerebral. Fatores genéticos podem determinar a suscetibilidade a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Já o estilo de vida, com hábitos como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e consumo excessivo de álcool contribuem para o envelhecimento cerebral precoce. Condições de saúde, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade, também podem afetar negativamente o cérebro ao longo do tempo”, explica.
No entanto, há outro fator importante que ajuda a manter a saúde cerebral por mais tempo: A neuroplasticidade cerebral.
“A neuroplasticidade cerebral é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar ao longo da vida em resposta a novas experiências e estímulos. Esse processo gera a formação de novas conexões neurais, o fortalecimento de conexões existentes e até mesmo a regeneração de neurônios. Ao estimular a neuroplasticidade com atividades mentais, jogos, exercícios físicos e uma vida social ativa, é possível promover a saúde cerebral, retardar o envelhecimento cerebral e preservar a função cognitiva”, afirma Dra. Elodia Ávila.
—
Sobre a Dra. Elodia Avila
Dra. Elodia Avila é uma cirurgiã plástica, formada em medicina pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Desenvolveu o conceito estético de Estrutura Facial baseado na Análise-Facial Tridimensional – cálculos matemáticos individuais que ajudam a direcionar melhor os tratamentos estéticos e obter melhores resultados. Escritora, entrevistadora e Artista Plástica. Tem o QI de 141 pontos comprovados e faz parte de grupo de adultos com alto QI GAIA/QI.
- Cerca de 6% da população brasileira lida com problemas reumatológicos e 60% desses casos são mulheres
- Biossimilares têm se apresentado como alternativa para ampliar acesso aos tratamentos de pacientes
As doenças reumáticas afetam aproximadamente 6% da população brasileira e emergem como um desafio significativo para o sistema de saúde nacional, com um impacto pronunciado na saúde das mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o público feminino representa 60% dos casos relacionados a distúrbios reumáticos.
A convite da Organon Brasil, a Dra. Adriana Maria Kakehasi, professora Associada de Reumatologia da Faculdade de Medicina da UFMG, fala sobre os impactos das doenças reumáticas na vida da mulher, que vai além das manifestações físicas, influenciando diretamente a qualidade de vida, o bem-estar emocional e as decisões relacionadas ao planejamento familiar.
Segundo Adriana Kakehasi, as principais doenças reumáticas incluem artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, espondilite anquilosante, osteoartrite e fibromialgia. Estas condições variam de forma significativa em termos de sintomas, tratamento e evolução. Algumas doenças reumáticas, como lúpus eritematoso sistêmico, fibromialgia e artrite reumatoide, são mais frequentes em mulheres do que em homens. ‘’Acredita-se que as diferenças hormonais, genéticas e imunológicas possam explicar essa disparidade. Os hormônios como estrogênio, prolactina, testosterona e progesterona têm efeitos no sistema imune’’, explica.
Muitas mulheres apresentam doenças reumáticas em idade fértil e produtiva. Isso implica em questões que podem influenciar decisões no planejamento familiar e até efeitos negativos sobre a gestação. ‘’O impacto das doenças reumáticas nas mulheres pode ser significativo, afetando não apenas sua saúde física mas também a qualidade de vida. A dor crônica pode afetar a capacidade de trabalhar, a vida social e a saúde mental. Durante o climatério (período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa), também temos uma gama de queixas que podem confundir ou piorar os sintomas. Uma doença crônica, com necessidade de tratamento por longos períodos e a insegurança em relação ao futuro, tem uma carga pesada sobre qualquer pessoa’’, ressalta.
Os tratamentos para doenças reumáticas podem incluir medicamentos anti-inflamatórios comuns, medicamentos modificadores de doença e, mais recentemente, terapias biológicas, incluindo os biossimilares. A cura para muitas doenças reumáticas ainda não existe, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas, prevenir danos permanentes e melhorar a qualidade de vida.
‘’Os tratamentos para doenças reumatológicas, muitas vezes, são de alto custo. Nesse contexto, os biossimilares são importantes para ampliar o acesso a tratamentos, porque tendem a ser menos caros que as terapias biológicas originais. Eles são altamente similares aos produtos biológicos aprovados e podem ajudar a reduzir os custos de saúde e tornar os tratamentos mais acessíveis para mais pacientes’’, pontua.
Os sintomas de doenças reumáticas podem variar, mas geralmente incluem dor, rigidez, inchaço e vermelhidão articulações. Alterações de pele são frequentes no lúpus e na esclerose sistêmica. Alguns pacientes podem também experimentar sintomas sistêmicos como febre, perda de peso e fadiga. Por isso, o diagnóstico precoce e tratamento adequado são altamente importantes para boa evolução. Além disso, adoção de um estilo de vida saudável, incluindo exercício físico e uma dieta balanceada, pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
69% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no Hospital São Vicente
Lutar pela equidade no mercado de trabalho inclui, além de palavras, práticas que ofertem oportunidades. A força feminina representa, hoje, 71% do quadro de colaboradores do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) e ocupa 69% dos cargos de liderança. As profissionais constituem as equipes de diversas áreas da organização, somando forças em todos os espaços. No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8), a Instituição reacende o diálogo sobre crescimento profissional, educação e plano de carreira para mulheres.
O que se sabe é que dentro da rotina é difícil investir em tempo de estudo. As mulheres enfrentam incontáveis desafios na conciliação das atividades e dão conta, enquanto se dividem nas funções de esposas, cuidadoras, donas de casa, mães, filhas e profissionais. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do estudo anual da Síntese de Indicadores Sociais – pesquisa para análise das condições de vida da população brasileira em 2023, incluindo mercado de trabalho, indicadores de rendimentos, condições de moradia e educação – mais de 2,5 milhões de mulheres não trabalharam, em 2022, para cuidar de parentes ou de tarefas domésticas.
A sociedade atual propõe mudanças a partir de uma visão mais humana, digna e atenta para valorização e direito das mulheres. No HSV, as oportunidades de qualificação e crescimento profissional têm sido criadas e aperfeiçoadas ao longo do tempo em um trabalho de melhoria contínua. A colaboradora Vânia Paula Teixeira da Silva, entrou na Instituição no ano de 2004, quando o assunto ainda não era tão debatido. A vigia líder, que atua na área de segurança do Hospital, ingressou como vigia e foi promovida por meio da qualidade de seu trabalho.
“Naquela época não exista o programa de Banco de Talentos, então meu processo de promoção foi diferente. Sempre fiquei de apoio do supervisor, que presenciava meu conhecimento, minha dedicação e meu comprometimento. Ele enxergou meu potencial, me indicou e falou sobre isso com o departamento de Gestão de Pessoas, onde fiz a prova e passei para o cargo de líder”, conta a profissional.
Apesar de intensa, a rotina da escala 12×36, quando o colaborador trabalha 12 horas e possui direito a descanso nas 36 horas subsequentes ao seu período trabalhado, beneficiou o dia a dia da profissional. “É um regime que, no meu caso, ajuda a conciliar minha vida fora daqui. Durante minha folga tenho tempo para organizar minhas coisas e estar com minha família”.
Vânia enxerga a oportunidade como reconhecimento e compara as atividades atribuídas após a mudança. “A diferença de estar na posição de líder é que isso me traz muito mais responsabilidade. Eu gosto de trabalhar no Hospital e fazer o que faço. Trabalho com muitos homens na equipe, que sempre me respeitaram em todos os aspectos. É gratificante porque eu vejo que eles reconhecem meu trabalho, independentemente de gênero. Admiro o HSV por ter essa visão e construir caminhos para que isso aconteça”.
Atualmente, por meio de programas implantados e projetos em construção, a unidade estimula o estudo das colaboradoras para conquista de novas oportunidades. As iniciativas são conduzidas pela Universidade Corporativa e pelos departamentos de Gestão de Pessoas e de Compromisso Social. “As mulheres representam boa parte de nosso corpo de colaboradores e de gestores. Algumas características que são mais comuns entre as mulheres, como atenção aos detalhes, empatia, dentre outros, são de suma importância para atingirmos os níveis de qualidade percebidos pelos nossos usuários. As mulheres conquistaram seu espaço com garra e competência e isso é um processo contínuo que tende a ficar cada dia mais sólido e consistente”, reforça o Gerente de Gestão de Pessoas, Paulo Prado.
Imagem: divulgação